PETER PAUL RUBENS

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Peter Paul Rubens,  self-portrait

 

 

 

A personalidade que domina a arte na Bélgica do século XVII é o gênio de Peter Paul Rubens (1577-1640), que imporá seu estilo barroco e flamengo aos artistas seus contemporâneos e formará em seu ateliê verdadeira fábrica de pinturas, de onde saem Van Dyck e Jordaens. Os três resumirão a arte na Bélgica nesse período que dará seu último esplendor no estrangeiro.

 

Rubens funde o dinamismo barroco italiano ao realismo alegre dos flamengos de sua época. Ao mesmo tempo retratará e glorificará a arte da Contra-Reforma e o sensualismo pagão da Renascença. Sua religiosidade profunda dá exemplos na "Subida da Cruz" (1610), na "Descida da Cruz" (1611-1614), ambas na catedral de Antuérpia. A beleza da sua concepção pagã terá exemplo em "O Rapto das filhas de Lisipo" (c. 1628; Pinacoteca Antiga, Munique); em "O Julgamento de Páris" (c. 1630; National Gallery, Londres).

 

Seus retratos, impregnados de comovida ternura e de felicidade matrimonial, terão exemplos em "Hélène Fourment em sua pequena peliça", Kunsthistorisches Museum, Viena). A capacidade de retratar o sentimento popular e a natureza, ele a demonstrará em "A Quermesse" (1635-1638; Museu de Belas-Artes, Bruxelas) e a "Volta ao Trabalho" (1638; Palácio Pitti, Florença). A mestria inigualável de Rubens, seus tons rosados, seu desenho em turbilhão, de formas abundantes, representam o hedonismo de transição entre a Renascença e o Barroco.

 

 

 

Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional, Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.,

São Paulo, Rio de Janeiro, volume 4, pág. 1278.

 

 

 

 

O Triunfo da Igreja , Museu Nacional do Prado