Alegoria da Primavera Sandro Botticelli
"Primavera", também conhecido como
"Alegoria da Primavera",é um quadro de Botticelli
que utiliza a técnica de têmpera sobre madeira. Pintado
c. 1482, mede 205 cm x 314 cm.
A história da pintura não é muito conhecida; parece ter sido encomendada por um membro da família Medici. É provável que Botticelli se tenha inspirado nas odes de Poliziano para realizar esta obra. As outras fontes são da Antiguidade: os "Faustos" de Ovidio e "De rerum natura" de Lucrecia. Desde 1919 a pintura faz parte da coleção da Galeria Uffizi, em Florença, Itália.
Composição O quadro representa e
festeja a chegada da Primavera. No meio do bosque de laranjeiras
Vênus, a deusa do Amor, surge num prado, por cima da qual o seu
filho Eros atira as suas flechas de amor, com os olhos
vendados.
Soberana do bosque, Vênus
encontra-se um pouco atrás. A atitude e o movimento das personagens
demonstram uma harmoniosa unidade entre o homem e a natureza. Por
cima de Vênus, as laranjeiras fecham-se em semicírculo, como uma auréola
que circunda a deusa, principal personagem do quadro.
O lirismo também terá servido de
inspiração a Botticelli e assim, surge a divindade de Zéfiro, brisa que
banha as planícies de orvalho, as cobre de doces perfumes e veste a terra
de inúmeras flores. Esta personagem está representada à direita do quadro
sob a forma de um ser alado, azul esverdeado. É Zéfiro que persegue uma ninfa com vestes
transparentes olhando para o deus com horror. Da sua boca caem flores
e misturam-se com as que decoram o vestido de uma outra personagem que
avança ao lado dela. Esta nova personagem tira do regaço um
punhado de rosas que deita no jardim.
Do lado esquerdo, vemos as Três Graças,
dançando numa roda cheia de encanto. A seguir está Mercúrio, o
mensageiro dos deuses, que fecha o quadro à esquerda. É
reconhecido pelas suas sandálias aladas e o caduceu que tem na mão
direita. A presença do sabre que Mercúrio transporta, demonstra a
sua função de guardião do bosque.
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