Leonardo nasceu em Vinci, próximo a
Florença, na Itália, em 15 de abril de 1452. Filho ilegítimo do
notário florentino, Ser Piero, e de uma camponesa, foi criado pelo
pai, que, por essa circunstância, não lhe deu o nome de família. Daí
a assinar suas obras apenas como " Io, Leonardo" (Eu,
Leonardo). Como provinha de Vinci,
pequena localidade da Itália, foi
acrescentado o sobrenome toponímico.
Em 1516, Leonardo aceita o convite de amigos
franceses e deixa definitivamente a Itália. Leva seus manuscritos,
centenas de desenhos e três quadros.
Doente, com um problema de articulação na mão
esquerda, não pinta mais, vai aos poucos perdendo as forças. Mora no
Castelo de Cloux, perto de Amboise, no Touraine - uma residência de
Francisco I. O rei é uma das suas visitas constantes. Outra é De
Beatis, secretário do Cardeal de Aragon, a quem confessa que
dissecara trinta cadáveres, corpos que precisou comprar ou roubar
para arrancar a pele, seguir o caminho das veias, estudar a junção
dos ossos, aprender a disposição dos músculos, à procura dos
segredos do movimento do corpo humano.
O mês de abril de 1519 ele o passa na cama, cercado
por três quadros: a Monna Lisa del Giocondo, Santana, a Virgem e
o Menino e São João Batista, que provavelmente pintou em
Roma como sua última obra.
No dia 2 de maio o rei Francisco I visita mais uma
vez o amigo. Para aliviar-lhe a dor, sustenta sua cabeça nos
braços, e Leonardo da Vinci morre nos braços do
rei.
Está morto o homem que inventou sapatos para
caminhar sobre a água, que inventou o salva-vidas, que inventou o
compasso parabólico, que inventou máquinas capazes de fazer lentes
telescópicas de seis metros e lentes côncavas, que demonstrou a
impossibilidade do moto-perpétuo, que descobriu a mecânica dos
músculos, que mediu a distância do Sol à Terra e o tamanho da Lua.
Está morto o homem que pintou o quadro mais célebre
e reproduzido do mundo, mas que entre todas as suas obras
só gostava, verdadeiramente, de Santana, a Virgem e o Menino.