Adão Rodrigues
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Adão Rodrigues
 

Um artista que observa as singularidades das coisas – vem retratar o folclore brasileiro com um olhar fixo

 na exatidão do próprio folclore.

Por meio da elegância da Forma, da Cor, da Linha

e da Composição as pinturas de Adão revelam

a pureza folclórica do lazer, do realizar.

 
 
 
 
As Marias
 
 

Com uma perspectiva focada na emoção da manifestação do folclore, Adão cria uma atmosfera pictórica singular deixando

o observador da Arte – pintura – perceber as propriedades,

os elementos que condizem com o “passar”.

Ao mesmo tempo suas imagens nos instigam à criação mental. Cada pintura mostra uma passagem de tempo marcada pelo lugar. E é exatamente esse lugar – que para o folclore é tão especial –

que Adão consegue significar.

 
 
 
 
A lua espreita a dança dos inocentes
 
 

Além de pensar na manifestação folclórica, Adão tem de pensar

em cada indivíduo em si mesmo no ato da manifestação.

Sendo assim, a expressão humana – o gesto, a dança, o olhar –

são desenhados cada um a sua maneira.

São tantos elementos – signos - na manifestação que é quase preciso

dar nome para cada um destes.

Ao “falar” do folclore, Adão nos fala da intimidade de um povo

que se mostra na mais pura forma – sem julgamentos.

Ao “mostrar” o folclore por meio da pintura, Adão faz um resgate

de costumes “passageiros” - que passam e continuarão passando,

desde que sejam mantidos pelo povo; sendo eles sustentados

 pela fé, pelo imaginário ou o lúdico.

 
 
 
 
Cordão umbilical
 

As pinturas nos revelam um desenho bem pensado, talvez até previamente esboçado,

para fazermo-nos ver exatamente as singularidades de cada signo (gesto).

As figuras contém um delineamento em algumas partes do corpo.

Não é uma linha precisa, é sim, uma forma menor colocada ao lado de outra forma

 que habita um espaço maior ou mesmo contém um matiz diferente.

As pinceladas geram formas em contraste, e a nuance é conseguida para agregar

outros valores plásticos visuais como que um tempero na medida certa.

 
 
 
 
Primavera  mineira
 
 

Com um Estilo próprio adquirido ao longo de muitos anos de trabalho

no campo da Arte sua pintura revela a maturidade de um pintor que seleciona

em sua paleta as cores certas para o desenvolvimento de cada tela em especifico.

Com uma linguagem visual harmônica, a composição das imagens

 produzidas trás os elementos visuais suficientes para a representação das faces,

dos muitos recortes, como que se estivéssemos vivendo

– vendo e ouvindo o cantar –

o acontecimento do folclore naquele exato momento.

 
 
 
 
Dona Juvercina Rodrigues, minha mãe!
 
 

Suas pinturas revelam o desenho como estrutura que dá sustentação.

Em parceria com o contorno, a cor entra no cenário para falar das emoções,

para agregar valores condizentes com a temática e demonstrar em cada figurante

a sua alegria de estar presente, atuante e certo de ser uma figura importante

ao processo sócio-cultural de nosso país.

Retratando o folclore, Adão consegue falar de tudo isso e mais algumas coisas

que estão presentes em suas pinturas, tanto na própria pintura em si mesmo

quanto no campo energético - aurático da Obra.

Nas “entre-linhas” percebemos o prazer de pintar, de um artista

que segue o seu coração e cria uma Arte original e bela.

 

 

Texto de Geraldir Estáquio

Professor de artes plásticas do Arena da Cultura de Belo Horizonte

 
 
 
 
 
Contato:
Adão Rodrigues
 

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Fundo musical:

Coração de Estudante

Wagner Tiso, 1945

Milton Nascimento, 1942

 

Produção: Mario Capelluto

Supervisão: Ida Aranha

Formatação: Julia Zappa

 

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