Carlos Scliar (Santa Maria / Rio
Grande do Sul, 21 de junho de 1920 – Rio de Janeiro, 28 de
abril de 2001), desenhista, gravador, pintor, ilustrador,
cenógrafo, roteirista e designer gráfico.
Iniciou,
desde cedo, alguns cursos de Arte em Porto Alegre e participou
da fundação da Associação Riograndense de Artes Plásticas
Francisco Lisboa. Aos 30 anos foi para Paris estudar gravura
na École des Beaux-Arts.
Trabalhou em Porto Alegre, Rio
de Janeiro e São Paulo fazendo ilustrações para revistas,
livros e cenários teatrais, mantendo contato com diversos
artistas como Enrico Bianco, Joaquim Figueira, Cândido
Portinari, Burle Marx, Flávio de Carvalho, entre
outros.
Na época em que morou em São Paulo (início da
década de 40), entrou para o grupo Família Artística
Paulista.
No ano de 1945, na Itália, foi convocado pela
Força Expedicionária Brasileira para servir na 2ª Guerra
Mundial. Durante essa experiência, trabalhou na edição
especial do jornal Cruzeiro do Sul – jornal pertencente ao
Exército Brasileiro.
Mais uma vez, fixou residência em
Paris – onde trabalhou fazendo ilustrações para revistas – e
durante essa época aproveitou para viajar e conhecer outros
países como Itália, Inglaterra, Iugoslávia, Polônia (na cidade
de Wroclaw, participou do Congresso dos Intelectuais pela
Paz), Portugal e Tchecoslováquia (nesse país, na cidade de
Praga, participou do 1º Congresso da União Mundial do Cinema
Documentário como delegado).
De volta ao Brasil, morou
por um curto período no Rio de Janeiro (período este em que
fundou a editora Ediarte, juntamente com os colecionadores
Gilberto Chateaubriand, Michel Loeb, Carlos Nicolaievski e o
artista José Paulo de Moreira da Fonseca), depois voltou para
seu estado natal onde fundou (junto com Vasco Prado) o Clube
de Gravura de Porto Alegre.
Nas décadas de 60 e 70
produziu inúmeros painéis tanto em Porto Alegre como no Rio de
Janeiro para museus, prefeituras, sedes de bancos e salões. Em
1969, foi publicado o Caderno de Guerra de Carlos Scliar, com
os desenhos registrados por ele durante a guerra.
Nos
anos 80 e 90, Scliar ilustrou livros de escritores renomados e
participou, com depoimentos, de vídeos produzidos por
diretores, até então independentes, sobre a arte
atual. |