CANDIDO   PORTINARI
"GUERRA  E  PAZ"
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Candido Portinari - autorretrato
 
 
CANDIDO  PORTINARI
 
 
1903 - 29 de dezembro, filho de Giovan Battista Portinari e de Domenica di Bassano, italianos, nasce em Brodowski, Estado de São Paulo.
1918 - matricula-se na Escola de Belas Artes no Rio de Janeiro.
1921 - primeira tela vendida: "Baile na Roça".
1922 - expõe no Salão da Escola de Belas Artes.
1923 - recebe medalha de bronze no Salão da Escola de Belas Artes.
1928 - retrata o poeta Olegário Mariano e ganha o Prêmio Viagem para o Exterior; visita a Itália, estabelece-se em Paris; casa-se com Maria Martinelli.
1930 - volta ao Rio de Janeiro; começa o seu período criativo.
1931 - Lúcio Costa, diretor da Academia Nacional de Belas-Artes, convida-o a participar do Salão.
1932 - exposição individual no Palace Hotel, no Rio de Janeiro.
1935 - fase marrom; temas: trabalho de campo e reminiscências infantis. 
1938 - o Museu de Arte Moderna de Nova York adquire sua tela "O Morro".
1939 - cria três painéis para o pavilhão brasileiro na Feira Mundial de Nova York; nasce seu filho, João Cândido.
1940 - expõe individualmente no Museu de Arte Moderna de Nova York.
1942 - é convidado para pintar os afrescos da Biblioteca do Congresso, em Washington, Estados Unidos.
1943 - ensina pintura na Universidade do Distrito Federal, por pouco tempo.
1946 - exibe em Paris; o Museu de Arte Moderna de Paris adquire uma tela da série "Retirantes"; recebe a Legião de Honra do Governo francês.
1947 - pinta o painel "A Primeira Missa no Brasil", para o Banco Boavista no Rio de Janeiro, e "Tiradentes", para o Colégio de Cataguases, Minas Gerais.
1950 - representa o Brasil na Bienal de Veneza.
1952 - começa o estudo para os painéis "Guerra e Paz", que serão terminados em 1956.
1953 - pinta a "Via-Crucis" para a Igreja de Batatais; expõe em sala especial da III Bienal de São Paulo.
1956 - expõe em Tel-Aviv e Haifa, Israel; pinta vários aspectos da vida do povo israelense; inauguram-se os painéis "Guerra e Paz" na ONU; recebe o
Prêmio "Solomon Guggenheim Foundation", de Nova York, expõe em Paris e Munique.
1958 - expõe os desenhos sobre Israel em Bolonha, Lima e Buenos Aires; recebe o Prêmio "Ciudad de México" na Primeira Bienal Interamericana; párticipa da exposição "50 Anos de Arte Moderna", em Bruxelas.
1960 - expõe em Praga, Tchecoslováquia; nasce no Rio de Janeiro sua neta, Denise.
1962 - 6 de fevereiro, morre no Rio de Janeiro. 
 
Fonte: Gênios da Pintura, Abril S.A. Cultural e Industrial, São Paulo, SP, Volume IV, pág. 1.154
 
 
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GUERRA   E  PAZ
 

Portinari não retratou a "Guerra" por meio de soldados ou equipamento bélico,  pela cor preta do luto ou o vermelho do sangue derramado,  Portinari optou pela cor azul em suas diversas gradações, repassando a trágica presença da guerra, com as figuras em grupos, ajoelhadas, de braços erguidos, mãos espalmadas, rostos desfigurados pela dor e voltados para o céu.  A "Guerra" foi retratada não por suas armas, mas pelas suas vítimas, degradadas pela fome, animalidade e conquista, elementos de todas as guerras.

 Já para pintar a "Paz", o artista se inspirou nas crianças e fatos de sua cidade natal: Brodowski, na comunhão entre adultos e crianças, no cotidiano repartido dos adultos semeando, colhendo, e as crianças brincando, dos noivos fugindo num cavalo branco, do coro de etnias variadas cantando a união entre os povos.  Os tons dourados, vivazes, vestem esses sentimentos de paz, fraternidade e esperança de que um dia a humanidade os vá viver em plenitude.
 
                                                                                                                                                 Ida Aranha 
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   PAZ
 

Infância

O garoto entretido com seu brinquedo é uma das imagens da infância de Portinari que integra o painel  "Paz".

Tons pastéis e lembranças de criança representam a plenitude para o pintor.

 
 
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Coral das Crianças

O coral formado por crianças de diferentes etnias representa a paz entre os povos.

 
 
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Cidade Natal
Cenas do cotidiano de Brodowski, cidade natal de Portinari, estão representadas no painel "Paz", como os meninos no balanço e o trabalho nas lavouras de cana.
 
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GUERRA
 
 
Apocalipse

Para criar o painel "Guerra", Portinari se inspirou nos quatro Cavaleiros do Apocalipse. A figura sobre o cavalo carrega a simbologia da fome e do sofrimento gerados pelos conflitos.

 
 
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Sofrimento

Para Portinari, o maior sofrimento gerado pela guerra é o da mãe que perde o filho. Por isso, nesse painel, o pintor repetiu seis vezes a cena da mãe com o filho morto nos braços.

 
 
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Expressão

Portinari optou por não fazer nenhuma referência a armas de fogo no painel "Guerra". Para retratar a violência dos conflitos, ele preferiu retratar mulheres com expressões de desespero.

 
 
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Junto de auxiliares, Portinari pinta os painéis "Guerra" e "Paz", no galpão da TV Tupi, no Rio de Janeiro, em 1955

 

Fontes (editadas):
 

Jornal "O Estado de São Paulo", 5.2.2012, Caderno 2, pág.D3

http://www.portinari.org.br/ppsite/ppacervo/g_paz_11.asp

Jornal "O Estado de São Paulo", 7.2.2112, Caderno Cidades, pág. C8

http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_e_Paz_(C%C3%A2ndido_Portinari

http://sp-arte.aonde.org/2010/12/guerra-e-paz-de-portinari-volta-ao-brasil-para-exposicao/

http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/obra-de-candido-portinari-e-apagada-em-exposicao

http://malditovivant.net/2012/02/08/finalmente-guerra-e-paz-de-portinari-memorial-da-america-latina/

http://www.guiadasemana.com.br/artes-e-teatro/guerra-e-paz-candido-portinari-memorial-da-america-latina

http://www.portalcwb.com/veja-detalhes-dos-paineis-guerra-e-paz-de-candido-portinari-que-chegam-a-sp.html

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,restauro-de-guerra-e-paz-de-portinari-termina-nesta-sexta-feira-no-rio,721835,0.htm

 
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Outras referências sobre Candido Portinari, "Guerra e Paz" podem ser encontradas no site

www.sabercultural.org

Página "Especiais", Portinari, Candido, "Guerra e Paz"  1

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Créditos:
 
Fundo Musical:
 
O Trenzinho Caipira
Heitor Villa Lobos, *1887   +1959
 
 
Produção:
Mario Capelluto
 
Pesquisa, edição de texto, formatação:
Ida Aranha
 
 
 
Fevereiro, 2012

 

 
 
 
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